A raposa passou perto de um galinheiro. Deu até água na boca ao ver um galo bem avantajado. Todos seus sentidos de bicho caçador ficaram aguçados. Foi logo dizendo com uma voz macia:
"Senhor galo! Hoje estou em missão de paz!"
Com toda a lábia de uma raposa foi desfiando arrependimentos mil, votos de futura e eterna paz, adoção de novas teorias sociais, abandono das regras da tomada violenta do poder dos galos, respeito aos direitos dos mais fracos, naturismo vegetariano... A arenga, assistida lá do alto pela lua cheia, chegou ao seu ponto mais alto ao convidar o galo para descer do poleiro e vir dar um abraço.
Depois de mais um pouco mais de conversa mole, chegou a parecer que o ingênuo galo ia cair nas garras da sabida raposa. Ela já imaginava-o descendo do poleiro e indo direto para para ela e oferecendo-se para ser comido.
Mas, o galo não nascera ontem. Lá do alto da segurança de seu poleiro cocoricu:
"Prezada raposa, acabemos aqui nossas disavenças, mas como se aproximam alguns amigos cães caçadores vamos esperar para abraçá-los também. Uma bela oportunidade para se iniciar a paz no reino dos animais.
Adivinhe, leitor , o que a raposa fez?
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